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Lançamento do Livro " O SOPÉ DA SERRA" uma forma de valorizar a aldeia do Soutocico e homenagear o Fernando Marcelino Lopes, no dia 18 de Abril de 2015

Visita á parte histórica do soutocico

O vereador da cultura usando da palavra

composição da mesa

assinaturas

o auditório da junta freguesia

momento musical

o prefaciante

O MEU PERFIL

Jose Adelino Vieira Brites
nasci a 19 de Março de 1947 no lugar do Soutocico
Gosto da cultura e do desporto.
Desde 1977 que faço parte de orgãos sociais de associações.
Participei na monografia do 4º centenário da freguesia do Arrabal.
Participei na monografia dos 100 anos da filarmónica do Arrabal.
Fui autor do livro da filarmónica do Soutocico.
Pertenci aos corpos directivos do clube do Soutocico durante 12 anos.
Pertenci á direcção da filarmónica do Soutocico durante 10 anos.
Fiz parte dos orgãos sociais do lar de Santa Margarida do Arrabal.
Actualmente sou 1º secretário da filarmónica do Soutocico.
Gosto muito de ler e escrever.
Tenho algumas centenas de poemas escritos.
Sou casado e tenho dois filhos.
Sou um bom SPORTINGUISTA!

PASSADO

Lenços atados
cabeças cobrindo
e os regaços das mulheres
iam subindo
para darem seres.
Mal vestidos,
mal cheirosos,
homens ranhosos
cheirando a aguardente,
faziam-se mendigos
de repente.
Os homens pouco comiam,
as crianças o ranho lambiam,
as mulheres escravizadas
choramingavam.
Sentadas nas escadas
rezavam.
Carne gordurosa
na frigideira.
banha rançosa
na salgadeira.
Moscas por todo o lado,
pousando em folhas de louro.
Á noite o terço rezando.
Bençãos pedidas,
evitando o mau agoiro
das vidas.
Foste tu, minha aldeia
minha paixão.
Á noite faltava a ceia
e havia uma cama dura.
Comia-se a fé e devoção.
Isso sim, havia com fartuta!

FONTE

Quantos cântaros
estiveram ali
de boca aberta,
ávidos da tua água?
Quantas raparigas
riam sem vontade?
Quantos rapazes
falavam sem nada dizerem?
Quantas crianças
corriam á tua volta
e não cresciam?
O tempo passava lento,
os dias eram eternos.
Todos bebiam da tua bica.
As mulheres seguravam
os cântaros, punham-nos á cabeça,
subindo a ladeira.
Seu andar, parecia parado.
Tu, fonte namoradeira
outros cântaros enchias.
Continuas a correr.
Não enches cântaros,
não sacias a sede,
não houves as raparigas e os rapazes.
Continuas apetecida,
sem data, sem nome,
incógnita, mas bela!

MUSICA

A música é sentimento,
reflexão e poesia.
é o encher a cada momento
o coração de alegria.

É viver constante no belo.
É o fugir á solidão.
É sentir o poema, não vê-lo,
que nos entra no coração.

É o sol reluzindo,
é a força do viver.
É amar o belo e lindo
e o feio esquecer.

É neste mundo do nada
sentirmo-nos felizes, vivermos.
É fazermos da música uma estrada
a estrada da paz que quizermos.

É paixão maravilhosa,
de amor e companhia.
É o desabrochar da rosa
ao amanhecer de cada dia.

É o caminhar lado a lado
é o amor podeis crer.
é o recordar o passado
para o presente viver.

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